29 de jun. de 2008

Euro 2008 e Futebol


Domingo e futebol. Uma combinação bem brasileira, não é mesmo? Pois bem, hoje não foi. Por quê? Simplesmente por causa da final da Eurocopa 2008!


Hoje, em Viena, Áustria, foi jogada a final da Euro 2008. Alemanha contra Espanha. O jogo, por si só, já atraía a atenção de pessoas que não ligam muito para futebol. Para os brasileiros, tinha ainda o apelo de ver um jogador tupiniquim em campo (Marcos Senna, que jogou algum tempo no Brasil até transferir-se para a Espanha). Mas eu, que gosto de futebol (mais que a média, e com certeza muito mais que as mulheres costumam gostar), vi o jogo por outros motivos.


Primeiro, porque ver jogos europeus sempre me deixa feliz. O motivo? A transmissão! E, nesta Euro, ela estava deslumbrante...
Imagens de ângulos diversos (uma câmera que filmava o campo de cima me deixou embasbacada), definição de imagem, tomadas em super-slow, nas quais você vê qualquer toque ou falta com precisão...

Cara, foi um show! Arrisco dizer que a transmissão foi melhor até que a da última copa. Assim até dá gosto ver futebol.
Fora que os dois times, Alemanha e Espanha, atraem a atenção do público. A "fúria" espanhola tinha fama de nadar, nadar e morrer na praia. Ou seja, sempre tinha um time bom, mas nunca passava das quartas de final nas competições importantes. E, pasmem, o único título que eles tinham, até essa final de hoje, foi a Euro de 1964. E só. Nunca ganharam uma copa.
A Alemanha, várias vezes campeã do mundo, tinha mais credenciais. Mas, depois de duas copas com resultados médios (na última eles chegaram desacreditados, jogando em casa. Na de 2002 eles perderam aquela final sensacional para o Brasil), o time precisava mostrar resultados.


Jogados os 90 minutos, deu Espanha. A festa foi bonita, e o time realmente mereceu a vitória (1 x 0, resultado até magro para o bom futebol apresentado). O herói do dia foi Fernado Torres, jogador do Liverpool, revelado no Atlético de Madri. Ele marcou o gol da vitória num lance em que prevaleceu a garra e o instinto de artilheiro. Ele é um bom jogador, mas, para ser sincera, acho que o outro Fernando (o Alonso, da Fórmula 1) é bem mais talentoso...


O que impressionou, fora a bela festa que os organizadores planejaram, foi a postura do time alemão depois da derrota. Eles permaneceram no campo, viram a festa espanhola (logicamente desolados), e receberam suas medalhas pelo vice campeonato. Tudo na maior educação. Ficaram no canto, quietos, tristes, mas ficaram lá. Agora eu pergunto: alguém imagina uma Argentina, ou a própria seleção brasileira fazendo isso? Se fosse numa final Brasil e Argentina, a possibilidade mais plausível era de tudo terminar em pancadaria generalizada!

Logo eu estava vendo Ilker Casillas, goleiro espanhol que virou herói nacional depois de se dar bem nas cobranças de pênaltis contra a Itália, levantando a taça. Ele é o capitão do time espanhol, e merecia o feito. Superar Buffon, um dos melhores goleiros do mundo, levar seu time para as semi finais depois de passar pela Itália realmente não é para qualquer um. Ainda mais depois da Itália ter ganho a última copa, nos pênaltis, e com Buffon como seu goleiro.


Assim que a festa acabou, eu troquei de canal. A Globo estava transmitindo o finzinho do jogo do Flamengo. Eles jogavam contra o Sport, lá na Ilha do retiro.
Ai, que sofrimento... não pelo jogo, que estava empatado até aquele momento, mas pelas imagens... parecia que eu tinha colocado num jogo de quinta divisão. Um campo horroroso, uma transmissão amadora, com câmeras posicionadas no meio do campo e só... Depois daquele show na Euro! Só valeu mesmo porque o Fla venceu com um gol aos 46 do segundo tempo. Obina fez um gol de letra. E eu fiquei ouvindo os gritos e comemorações dos vizinhos fanáticos. Desejando apenas que, um dia, tenhamos transmissões de jogos do brasileirão tão bonitas quanto as dos europeus.Para encerrar, apenas uma lembrança. Hoje é o aniversário de 50 anos da conquista do primeiro título de copa do mundo do Brasil. Em 1958, na Suécia, a seleção do Brasil levantou pela primeira vez a taça de campeã mundial. Muito tempo atrás, numa época que o futebol era bem diferente. Talvez até mais bonito. Mas certamente menos profissional.

21 de jun. de 2008

F1 - Finalmente...




Já estou há muito tempo enrolando para começar a comentar sobre a fórmula 1... Então, antes tarde do que nunca!


Bem, acho que meus amigos sabem que eu sou um pouco diferente da maioria das garotas. Eu cresci assistindo corridas em geral, culpa do meu pai, um apaixonado por carros. E ele transmitiu para mim esse amor, e o resultado é que eu acompanho religiosamente todas as corridas de fórmula 1 que são transmitidas, por mais chatas que elas possam parecer para a maioria. Mas, para mim, elas sempre vão simbolizar uma espécie de magia indescritível para os leigos. Algo belo e artístico.

Eu já li diversos livros sobre automobilismos em geral, fora revistas especializadas e gravações de corridas de antes mesmo de eu ser nascida. E, então, acho que isso me deu um pouco mais de entendimento sobre o assunto do que o torcedor médio que liga sua tv no domingo de manhã, e torce para qualquer piloto brasileiro que aparece pela frente.


Em primeiro lugar, eu aprendi a admirar os pilotos pela sua habilidade, e não pela sua nacionalidade. O que coloca em meu hall de pilotos preferidos muitos estrangeiros. E, na verdade, eles são a maioria.

Esse fato, por si só, acaba me deixando totalmente irritada, todas as vezes que eu sento em meu sofá, e tento assistir às transmissões da F1 da rede Globo. O motivo da minha irritação, como vocês devem imaginar, tem um nome: GALVÃO BUENO.

Esse imbecil consegue me tirar do sério. Tenho certeza que não estou sozinha nessa afirmação. Sei que a esmagadora maioria das pessoas com algum cérebro abomina essa pessoa. Mas para mim, fã da Fórmula 1, é um suplício. Ficar 1 hora (no caso dos treinos) ou 2 horas (nas corridas) tendo que ouvir as opiniões estúpidas, repetições intermináveis e burrices em geral cuspidas pelo Sr. Galvão é de matar. Fora a coisa mais irritante que ele faz. Ele não narra, ele simplesmente torce ao vivo.

Eu, particularmente, acho isso um desrespeito com o telespectador. Eu não quero ficar sentada durante horas ouvindo o Sr. Galvão falando que o Felipe Massa é fantástico ou incrível. Outro dia ele estava se referindo a Felipe como "gênio". Cara, como pode? Isso é uma agressão à minha inteligência!!!

Não que Felipe Massa seja um roda presa. Mas, se ele fosse metade do que Galvão pinta, o cara seria um Schumacher da vida. Fora que, a cada dia que passa, eu passo a achar Massa mais e mais antipático. Claro que isso se deve à influência (negativa) da narração nojenta de Galvão. Só que Massa não tem carisma nenhum, e não faz força para ser simpático com ninguém. Até suas comemorações soam forçadas. Nessas horas é que eu sinto falta de pilotos simpáticos, como Mika Hakkinen...


Fora que, desde que Massa começou na fórmula 1, nunca achei ele nada de mais. É só mais um piloto na categoria. Agora, que ele anda num carro muito bom, pode até ser campeão. Mas nada que o coloque no mesmo patamar dos outros campeões tupiniquins. Emerson, Piquet e Senna são infinitamente melhores do que Felipe, cada um de seu modo particular. Se Massa um dia chegar perto de um dos três, deve levantar a mão aos céus e agradecer pelo resto da vida.


Fora que ser campeão da fórmula 1 não exatamente credencia alguém como melhor da categoria. Alguns exemplos são muito conhecidos, como o Keke Rosberg, que foi campeão graças à sorte. Naquele ano, 1982 para ser exata, a Ferrari, favorita, perdeu seus dois pilotos. Didier Pironi, sofreu um acidente na Alemanha, e não concluiu o campeonato. E Gilles Villeneuve, queridinho dos tifosi e um dos meus ídolos máximos, morreu num triste acidente na Bélgica. O título caiu no colo de Rosberg, que hoje assiste o filho Nico disputar a categoria.


Hoje, durante o treino para o GP da França, Galvão começou a falar sobre os planos da Honda em montar uma segunda equipe para a próxima temporada. Este ano, eles tinham uma equipe número 2, a Super Aguri. Só que a idéia não foi para frente, principalmente por desentendimentos da Honda e de Aguri Suzuki (ex-piloto mala da categoria). O projeto deve ser reavivado para a temporada 2009, só que com uma direção americana, e não japonesa. E, com expeculações rolando soltas, já falaram no nome de Danica Patrick, piloto americana da fórmula Indy.
Então, qual foi o comentário de Galvão sobre a possibilidade? Ele prontamente começou a falar sobre como a fórmula 1 era muito mais difícil e técnica que a fórmula Indy. Ele obviamente não podia despejar claramente seu machismo, mas qualquer pessoa sã percebeu o tom de voz que ele usou. E, logicamente, começou a lembrar sobre como, em 1993, Mansell foi para a Indy e se sagrou campeão, e Michael Andretti (que eu sempre achei roda presa até na Indy) tinha sido demitido por incompetência. Só esqueceu de mencionar alguns detalhes: Andretti, que nunca foi reconhecido até pelos americanos como o melhor da categoria, andou de McLaren. Naquele ano específico, a McLaren tinha perdido, depois de muitos anos, o potente motor Honda. Eles andavam de Ford, sendo que a versão da McLaren era inferior até que a da Benneton (pilotada por Schumacher, que superou Senna em diversas corridas). E, além disso, que piloto gostaria de ter Ayrton Senna como companheiro de equipe e parâmetro? É até injusto!
Mas Mansell não, ele recebeu um carro-foguete. E, é lógico, acelerou como o leão que era conhecido. Agora a pergunta: no ano seguinte ele foi campeão? Claro que não! Os Penske dominaram o ano seguinte, e o leão ficou mansinho...

Claro que, também de forma muito conveniente, Galvão "esqueceu" de mencionar a transferência de Jacques Villeneuve, campeão da temporada 1995 na Indy, para a Williams, em 1996. Neste ano, Jacques, filho de Gilles, andou junto com o campeão da temporada, Damon Hill (outro filho de ex-campeão), e só não ganhou o título por não conhecer cerca de 70% das pistas usadas pela fórmula 1. No ano seguinte, 1997, Jacques foi campeão com sobra, e, assim como Mansell, sagrou-se campeão das duas categorias. Fora que Jacques ainda conta com uma prestigiosa vitória em Indianápolis, o que conta muito no currículo de qualquer piloto.
Para encerrar o assunto, sobre Danica Patrick, que os americanos apelidaram de Wonderwoman. Ela mesma disse que não testaria um fórmula 1 apenas para promever patrocinadores. Teria que ser um teste sério, de vários dias. Garota esperta.

Amanhã, na corrida, já podemos esperar um festival de burrices vinda de Galvão. Fora a secação total que ele vai fazer em Kimi Raikkonen, o pole e virtual adversário de Massa pelo título. Vale lembrar, Sr. Galvão, que Kimi levou o título no ano passado. Será que ele lembra disso quando chama Massa de "gênio"? Ou que Fernando Alonso, visivelmente o melhor da categoria, está fazendo milagre com a carroça que dirige? Eu acho que não.

17 de jun. de 2008

Gastronomia - Zé da Pizza



Faz alguns dias (na verdade mais de uma semana) que eu e o Doug fomos no Zé da Pizza. Depois de ler um bocado sobre a suposta melhor pizza do estado, nós tinhamos que conferir. Não que eu seja viciada em pizza (na verdade nem sou tão fã assim), mas o Doug é completamente apaixonado, então uma ida ao local era quase que obrigatória.

Nós chegamos no local (vimos o endereço na Veja Espírito Santo 2008, que lista os melhores restaurantes, bares e afins do estado), e eu já tive uma boa surpresa. Não tem cara nenhuma de pizzaria. Parece muito mais um restaurante mesmo, com mesas espaçadas, música ambiente suave e garçons bem vestidos.
A decoração também é agradavel, e eu achei particularmente lindinhas as panelas e utensílios de cobre expostos na parte interna da casa, onde sentamos.

Logo um garçom chegou para nos atender, e entregar o menu. Eu não esperava (e estava certa nisso) uma enorme variedade como em pizzarias como o Roda pizza. Mas o Zé da Pizza é uma pizzaria Prime, então é impossível comparar um com o outro.

Logo que fizemos nosso pedido (uma pizza meia frango com catupiry, e meia marguerita com mussarella de búfala), vimos que o cardápio tem algumas opções mais exóticas, como uma com linguiça de javali, por exemplo. Mas resolvemos pedir algo mais simples, para provar mesmo.

O pedido não demorou nada, rapidinho a pizza chegou. Eles só trabalham com um tamanho de pizza, e ela serve bem duas pessoas.

Quanto à pizza, posso dizer que foi a melhor pizza que eu já comi. Massa perfeita, fina, mas crocante, assada na medida. O recheio era maravilhoso. Um toque especial na pizza de frango: era temperada com curry, bem de leve, só um toque. Mas fazia toda a diferença.
Fora que nem de longe a pizza lembrava aquelas coisas horríveis e gordurosas como mister pizza e afins. Para alguém como eu, que não sou fã de pizza, foi ótimo.

Bem, toda essa mordomia tem um custo. Não chegue lá esperando pagar 20 reais numa pizza. A nossa saiu por 42 reais. Mas, justiça seja feita, valeu cada centavo. Fora o atendimento excelente, uma carta de vinhos razoável à disposição do cliente e o ambiente tranquilo.

Apenas mais algumas observações, se alguém estiver disposto a conhecer a melhor Pizza do estado. Lá, o horário de antendimento é bem rigoroso. Até as 23 horas, e nem adianta tentar insistir. Fora que a casa não aceita cartão de crédito ou débito, apenas cheque ou dinheiro. E crianças não são permitidas, somente acima de 14 anos. Eles pretendem manter um ambiente mais sofisticado, e não como o de uma pizzaria comum.

Mas, se em perguntarem se vale a pena, e se eu vou voltar, minha resposta é uma só: com certeza!!!


Zé da Pizza
Rua Alaor de Queiroz Araújo, 146, Enseada do Suá
Tel. 3315-1698
19h/23h (qui. a ter.).